Postado em 13 de Dezembro de 2018 às 14h11

Fossá alerta que dívida de Chapecó chega a R$ 100 milhões

Cleiton Fossá Chapecó – As contas públicas do município de Chapecó são preocupantes. Conforme dados obtidos pelo vereador Cleiton Fossá, a dívida atual se aproxima da casa de R$ 100...

Chapecó – As contas públicas do município de Chapecó são preocupantes. Conforme dados obtidos pelo vereador Cleiton Fossá, a dívida atual se aproxima da casa de R$ 100 milhões. Os dados são do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Secretaria do Tesouro Nacional, através do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi). O vereador ressalta que os números ainda não incluem débitos com alguns fornecedores do município.

As maiores dívidas de Chapecó são com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), R$ 35.775 milhões; advindas de precatórios (requisições de pagamento expedidos pelo Judiciário contra o município), R$ 26.573 milhões; com o Sistema Municipal de Previdência de Chapecó (Simprevi), R$ 17.411 milhões; e com a Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc), R$ 6.329 milhões, sendo do Fonplata e do Badesc provenientes de empréstimos.

Ainda, o município deve R$ 3.558 milhões em tributos à União, dívidas não contratuais no valor de R$ 6.989 milhões, e dívidas contratuais com o Banco do Brasil na casa de R$ 1.550 milhão. Todos os valores somados atingem R$ 98.190 milhões. “As contas públicas de Chapecó estão se tornando impagáveis. E isso é muito preocupante, uma vez que pode inviabilizar maiores investimentos em setores primordiais aos cidadãos, como saúde e educação, por exemplo”, diz Fossá.

Fonplata

O Fonplata foi um financiamento internacional realizado em 2008 no valor de US$ 14.750 milhões. Passados 10 anos, o município já pagou mais de R$ 14 milhões, sendo R$ 8 milhões só de juros e R$ 6 milhões em amortização, porém, a dívida está em R$ 35.775 milhões. Cleiton Fossá diz que o problema é que, na época, o dólar estava em baixa e a prefeitura não fez “hedge”, uma espécie de seguro, que funciona como ferramenta de proteção contra grandes variações de preços.

Além disso, o financiamento junto ao Fonplata não contemplou todas as obras previstas e prometidas. Não foram realizadas a ampliação do prolongamento norte e sul da avenida Getúlio Vargas e a ligação entre a BR-282 e a SCT-283, entre a Colônia Bacia e a saída para Guatambu. Também não foram finalizados os corredores de ônibus. “Foi um péssimo negócio, pois não fizeram o seguro, o que aumentou bastante a dívida, e não concluíram todas as obras”.

Gastos públicos

Desde 2016, a administração municipal de Chapecó conta, em média, com 250 pessoas em cargos comissionados, que custam mensalmente aproximadamente R$ 1.2 milhão aos cofres públicos. Com 13º salários e o um terço de férias, o valor anual ultrapassa R$ 15 milhões. Recentemente, a prefeitura precisou exonerar comissionados para não atingir o limite prudencial, que é quando a receita corrente líquida com folha de pagamento chega a 51,30% da arrecadação.

 

Bruno Pace Dori, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá

Veja também

TRE/SC aprova contas de Fossá por unanimidade01/02/17 Florianópolis - O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC) julgou no fim da tarde de terça-feira, dia 31 de janeiro, e aprovou, por unanimidade, o recurso 551-55 referente a prestação de contas do vereador de Chapecó, Cleiton Fossá, relativa ao processo eleitoral de 2016. No entendimento unânime da Corte, houve somente um equívoco contábil, com valor envolvido 'insignificante'frente ao montante......
Relações Pessoais Pós-Coronavírus29/04/20       Já se passaram 40 dias de quarentena. Desde a segunda quinzena de março, as pessoas estão recolhidas em suas casas e com muitos cuidados em relação à saúde. Uma mudança radical na......

Voltar para NOTÍCIAS