Postado em 17 de Julho de 2018 às 18h28

Estacionamento Rotativo de Chapecó continua dando dor de cabeça para os motoristas

Cleiton Fossá        Chapecó – O estacionamento rotativo está em funcionamento em Chapecó desde 15 de maio de 1987. O controle da rotatividade era feito manualmente, ou seja, os motoristas adquiriam...

       Chapecó – O estacionamento rotativo está em funcionamento em Chapecó desde 15 de maio de 1987. O controle da rotatividade era feito manualmente, ou seja, os motoristas adquiriam um cartão de papel para que as informações de tempo e custo ficassem registradas.

       Para suprir as necessidades dos cidadãos, o município terceirizou o serviço, que desde 2002 passou a ser também responsabilidade da empresa Caiuá.

       De acordo com o Plano de Mobilidade Urbana de Chapecó, em 2011 foi implementado o sistema de parquímetros. Um aparelho atendia a demanda de cinco a 10 vagas. Os usuários passaram por um processo de adaptação, já que o programa tinha como alternativa o uso de um botton, além do pagamento em dinheiro.

       Entretanto, alguns problemas se tornaram visíveis ainda no período de criação dos parquímetros e continuam sem solução. Um exemplo disto, é a falta de bateria nos parquímetros, fizeram com que a empresa adaptasse um novo sistema, principalmente devido as reclamações em relação a aplicação de multas.

       “Eu precisei ir ao banco, estacionei o carro e quando eu fui acionar o botton o parquímetro estava sem bateria. Um senhor também tentou acionar o dele e questionou a mulher que estava trabalhando, ela disse que precisávamos voltar no período de duas horas e conferir, do mesmo jeito que funciona.

       Nem precisei de duas horas, fiquei mais ou menos uns 45 minutos no banco. Em outro momento quando precisei retirar os documentos do carro, consultei o sistema e descobri que eu estava com uma multa, sem se quer ter sido notificada, até que eu e minha filha percebemos que era do dia que não tinha bateria no parquímetro.

       Tentei ver o que poderia ser feito, mas o único retorno que tive é que não tenho como provar”, ressaltou Adriana Ferreira.

       O novo sistema, que passou a funcionar em 2018, deveria ser uma boa alternativa para amenizar os problemas de aplicação de multas nos casos em que o parquímetro está sem bateria, ou se por ventura deixar de funcionar.

       A orientação é que o usuário registre a sua placa e não mais o número da vaga. Logo, ele poderá acionar em qualquer parquímetro próximo a ele. Entretanto, a alternativa parece não agradar os usuários.

       O sistema ainda está em processo de adaptação, mas claro que a população fica atenta. Uma notificação, registrada por falhas no sistema, poderá se tornar uma multa. Por conseguinte, muitos usuários chegam a mesma conclusão de uma das entrevistadas,

       "parece que o sistema foi pensado como uma fábrica de multas, o controle de rotatividade é essencial, mas ainda parece estar contra a população, é necessário perceber estes problemas e desde já buscar melhorias”, diz Adriana.

       Ainda em relação às notificações, o vereador Cleiton Fossá chama atenção para esta situação: a aplicação da multa de trânsito baseada em “aviso de irregularidade” é controversa, arrisco dizer ilegal. Ele explica que funcionário de empresa concessionária do serviço público não possui poder de polícia, estabelecido no artigo 280, parágrafo do Código de Trânsito Brasileiro (CTB)"

       “Recomendo que as pessoas apresentem recursos, em todas as instâncias, contra multas de trânsito aplicadas com base em 'aviso de irregularidade'. O cidadão deve recorrer”, diz.

       Fossá afirma que a cobrança pelo estacionamento na via pública se justifica pela necessidade de garantir a rotatividade de vagas e que o não pagamento pode ser classificado como infração administrativa, estabelecida diretamente na legislação municipal, com penalidade própria, cujo valor arrecadado não possui vinculação com multas de trânsito.

       “Se trata de receita pública não tributária, com eventual cobrança efetuada diretamente pela concessionária”.



Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá

Veja também

Torres Pereira: "A literatura é o ar que respiro. Minha comida!"03/08/18 Chapecó – Inverno, 18º na manhã de sexta-feira, pontualmente às 10h, ele estava em seu lar, mas não literalmente na residência onde vive. Torres Pereira! Rodeado por mesas e estantes de livros, na calmaria do som ambiente que, vez ou outra, entrava em sintonia com o som da máquina de café. Logo, o aroma do grão e da canela é marca registrada do......
Terminal Rodoviário de Chapecó: estrutura limitada e precária21/08/20        O Vereador Cleiton Fossá defende uma Parceria Público-Privada (PPP) para o Terminal Rodoviário Intermunicipal de Chapecó, Raul Inês Pigatto Bartolamei. Com uma estrutura limitada e precária,......
Senado aprova PEC que garante a permanência do Fundeb26/08/20        A permanência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi promulgada nesta quarta-feira......

Voltar para NOTÍCIAS