Postado em 02 de Agosto de 2018 às 17h50

Doença não marca hora e paracetamol não cura tudo!

Cleiton Fossá Chapecó – O Conselho Federal de Medicina publicou, em janeiro de 2018, que no Brasil há cerca de 904 mil procedimentos na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da demora seja...

Chapecó – O Conselho Federal de Medicina publicou, em janeiro de 2018, que no Brasil há cerca de 904 mil procedimentos na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da demora seja para marcar uma consulta, o caos ainda predomina quando o assunto é o acesso a medicamentos. Remédios básicos adquiridos para dor muscular, gripe ou alergia nem sempre estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como Ibuprofeno, Buscopan, Oseltamivir, Vitamina D, entre outros. Porém, o atendimento demorado não é exclusividade das unidades, mas também dos hospitais e pronto atendimento.

A Denir Bonetti é moradora do bairro Alvorada e usuária da Unidade Básica de Saúde “Centro de Saúde da Família Cristo Rei”. Bonetti defende que as unidades necessitam disponibilizar mais horários, uma alternativa é prestar serviço no turno da noite. Na unidade que frequenta, o atendimento era até as 22h, mas desde março do ano anterior a prefeitura de Chapecó optou por tirar o terceiro turno.

As unidades do bairro Santo Antônio e Belvedere também deixaram de atender no terceiro turno. Por nota, divulgada em 22 de fevereiro de 2017, a prefeitura justificou que ainda em 2016, período eleitoral, foram aplicados 32,71% do orçamento municipal na área da saúde, mas frisaram que apenas 15% é exigido pela legislação. Ainda, destacaram que Chapecó tem a melhor saúde de Santa Catarina e a segunda melhor do Brasil. Logo, concluíram que poucas pessoas buscavam o serviço à noite e deixar de oferecer o atendimento noturno não causaria impactos na saúde, mas o dinheiro não investido poderia contribuir para os cofres do município e também ser aplicado de outro modo na área.

“É necessário ter três turnos pra não ter tanto tempo de espera pra consulta, fica de 15 dias a um mês esperando uma consulta. Dá tempo de esquecer que tem essa consulta ou sarar até ser chamado. Você vai no Pronto Atendimento, demora pra ser atendido e além de demorar, dependendo do caso, eles pedem pra procurar a Unidade e consultar com um especialista. Já aconteceu de eu levar o meu neto às 19h e sair de lá à 1h30 com o guri ainda com febre. Por fim, tive que ir no postinho porque eles não conseguiram resolver por lá”, diz.

A prefeitura alegou também que outras estruturas poderiam oferecer atendimento 24 horas, como o Pronto Atendimento da Grande Efapi, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), O Hospital da Criança (HC) e o Hospital Regional do Oeste (HRO). Entretanto, a proposta de disponibilizar serviços da saúde a noite, se torna um chamado de atenção a partir da situação da Denir. “No Pronto Atendimento, além de ser demorado, geralmente dão um remédio pra ajudar temporariamente e encaminham para Unidade de Saúde pra resolver, na Unidade agendo a consulta e demora um mês, se for com especialista daí demora três meses. E no meu caso, que preciso levar meus netos, se vai no Materno sempre está lotado”.

Quando publicada a nota, o vereador Cleiton Fossá solicitou, por meio do requerimento, mais informações sobre os motivos do fechamento do terceiro turno. “O primeiro problema é que antes da decisão ser tomada, a prefeitura não se reuniu com os moradores. Além disso, justificaram que com o fechamento o município economizaria R$ 100 mil. Mas por que aconteceu somente após o ano que ocorreram as eleições? Não podemos ser ingênuos de acreditar que não existe demanda. Uma alternativa para economizar é reduzir os cargos comissionados e não cortar investimentos da educação e saúde”, ressalta.

A J.T. relatou que seu filho frequenta em situações de urgência e emergência o Hospital da Criança. “É importante o terceiro turno para que as unidades possam atender as demandas para não lotar o HC, porque os casos que não são graves o HC orienta para que o tratamento seja realizado em casa. São situações mais simples, mas que poderiam ser resolvidas com mais qualidade e orientação”, comenta.

Neste sentido, o mandato está sempre atento. Constantemente recebemos denúncias da demora do atendimento, da superlotação, da falta de orientação e a falta de funcionários. Ainda a J.T. afirmou que nunca teve retorno da ouvidoria. Fossá compreende a preocupação de J.T. “Defendo a criação do terceiro turno para não sobrecarregar os serviços disponíveis 24 horas e também qualificar o atendimento, além de ser uma alternativa para agilizar as filas de espera”, frisa o vereador.

 

Alessandra Favretto, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá

UPA da Efapi não foi concretizada

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