Uma vida sofrida, de muito trabalho, superação e dedicação. Assim, pode ser definida a história que você vai conhecer e se inspirar.
Luiz Leonel Leal, tem as mãos calejadas do trabalho duro do dia a dia. É cimento para um lado, tijolo do outro e muita história para contar.
O pedreiro que não sabe fazer outra coisa, senão trabalhar e brincar com os netos.
Foi na infância dura, aos 10 anos, com a morte do pai, que percebeu que o seu caminho não seria fácil, e não foi.
Teve que largar a caneta, o papel e o livro, para pegar na enxada, carregar os sacos de cimentos e assentar cerâmica.
A mãe que estava ali do seu lado, não conseguia suprir as necessidades da família, e contou com o apoio do filho para superar e ir a diante.
“Meu pai morreu, eu tinha 10 anos. Se ele estivesse vivo e me ajudasse, eu poderia estudar. Eu tive que parar de estudar e ir trabalhar. Mas eu gosto de trabalhar”.
Do campo para cidade, Luiz encontrou na área urbana a profissão que levaria para o resto da vida.
No começo, quando sabia pouco, era servente, mas rapidamente por ser muito curioso, aprendeu, e já passou a ensinar.
“Eu comecei como servente, depois passei a pedreiro e fui aprendendo "projeto"".
"Não fiz curso, mas sempre teve encarregado que ensinava as coisas, porque eu sou curioso para aprender e ai, vai aprendendo com o tempo. Vamos levando”
E foi nesse levar da vida, que Luiz se casou, teve três filhos e hoje é avô de três meninos: Davi, João e Cauan. Inclusive, é graças a esposa de Luiz e seus familiares, que hoje ele mora na Capital do Oeste Catarinense.
Os guris netinhos, são mimados demais, pelo avô pedreiro que constrói paredes e sonhos.
“Netinho é tudo para gente. Na época a gente era mais novo, tinha que deixar os filhos. Hoje, os filhos trabalham e deixam os netos lá em casa. É uma festa, três piazinhos!”
As paredes são palpáveis, estão ali para serem vistas.
Já o sonho, está no íntimo, no esforço de batalhar e superar os obstáculos.
Acordar de segunda a segunda cedo, trabalhar o dia todo para comprar comida e sobreviver, leva tempo, ocupa a mente e o corpo.
Mas nem por isso, que Luiz que teve o seu sonho quando pequeno de estudar, interrompido pela necessidade de trabalhar, é uma pessoa infeliz, pelo contrário.
Foi no trabalho, na vida puxada, e pelo sustento dos filhos que encontrou forças para ir além e sorrir ao lembrar de sua trajetória.
“Leve não é, é difícil, tem que ter vontade, mas eu só sei trabalhar. Outra coisa não sei fazer. Tem que ter vontade de trabalhar”
A força de vontade deste pedreiro, é reflexo do povo batalhador brasileiro. É nas condições precárias que o povo vive, que brota e emana uma força que só quem esteve à beira da fome, sabe compartilhar.
“Teve uma época que nós rachava a marmita em três. A gente tava meio quebrado. Nós ia para o trabalho a pé 10km e voltava a pé mais 10km.”
O trabalho que exige muito fisicamente e toma boa parte do seu tempo, apesar das dificuldades, faz com que Luiz, seja um homem orgulhoso dos seus serviços. É no trabalho com sujeira e muito suor e de carteira assinada, que luiz ganha o pão de cada dia.
Mas é no “bico”, no serviço extra, nos horários de folga que o Luiz consegue comprar as suas coisas, ter a própria casa e ser motivo de orgulho para os netos, principalmente, para o mais velho que acredita que o avô é mais que pedreiro, é construtor de história e de exemplos.
Todos os dias, ao acordar, Luiz agradece. A gratidão e a Deus, pela vida, trabalho e pela oportunidade de mais um dia conseguir trabalhar. “Primeira coisa que eu faço é rezar para Deus a hora que eu levanto. Tudo o que eu tenho é graças a deus que anda comigo”.
Relembrar a história de Luiz, é uma possibilidade de reviver a luta do povo trabalhador brasileiro. Que levanta, faz o café e vai a luta.
Essa história de muita determinação, é hoje, exemplo para reflexão do Dia do Trabalhador.
São pessoas como o Luiz, que construíram esse país. São trabalhadores honestos, sérios e que acreditam em um mundo melhor, para todos.
Em sua fala, simples, sem rodeio ou qualquer florerio, que Luiz agradece mais uma vez, pelo registro de sua história, e como desejo final, transmite uma mensagem:
"Pessoal, vamos a luta, não tá fácil, mas vamos a luta, que vamos conseguir dar o giro. Vamos vencer o Coronavírus e seguir em frente!"
Inspire-se com a história de Luiz.
Feliz e respeitoso dia do Trabalhador!
Assessoria de Comunicação Vereador Cleiton Fossá