Chapecó – Quatorze de março, Dia Nacional dos Animais. O mandato do vereador Cleiton Fossá aproveitou a data para tratar um assunto que envolve a saúde pública e a proteção animal, a zoonose. O tema aborda a preocupação relacionada às doenças que os animais podem transmitir para o ser humano e as doenças que os seres humanos podem transmitir para os animais, a chamada "zoonose reversa".
O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) ressalta por meio da pesquisa realizada em 2015, que o número de animais representa o dobro do número de crianças em Santa Catarina. São 2,4 milhões de animais e 1,2 milhão de crianças. Cerca de 55,3% da população catarinense têm cachorros em casa.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil a média de animais abandonados é de 30 milhões ao ano. Este número corresponde a estimativa de habitantes em 2018 da região Sul, 29.644.48. Inúmeras são as causas do desamparo. Entre as principais: a falta de tempo, a falta de espaço, alergias, mudanças de residência e medo da toxoplasmose durante a gravidez. Entretanto, não existem respostas que possam justificar a negligência.
O Estado tem o compromisso de tomar medidas em relação aos maus tratos contra os animais e, o dever de garantir a saúde para população. De acordo com a Lei 8.080 a saúde é direito fundamental do ser humano e o Estado deve garantir ações que visem reduzir os riscos das doenças.
O tratamento para os animais e as castrações são medidas que auxiliam no controle das zoonoses. Porém, atualmente a Prefeitura Municipal de Chapecó contribui com um valor simbólico para que as ONGs ofereçam assistência aos animais. A parceria rende uma média de 480 castrações ao ano, mas esse número ainda é pequeno considerando que a estimativa é de 60 mil animais abandonados em Chapecó.
Para tanto, faz-se necessário ponderar que as cadelas podem ter de 1 a 14 filhotes, dependendo do seu tamanho. As gatas podem ter de 3 a 7 filhotes. Logo, se considerarmos o mínimo de 3 filhotes para cada reprodução, a prenhez de 160 fêmeas, entre gatas e cadelas, já iria suprir os 480 animais castrados com o dinheiro de auxílio da prefeitura.
Em Chapecó, os protetores dos animais frisam a importância de o município ter um Centro de Controle de Zoonose. É importante destacar que esse espaço ajudaria no controle das doenças dos animais, sem a obrigação de abrigar os bichinhos. Entretanto, muitos centros de zoonoses realizam esse trabalho pensando no bem-estar animal, no sentido de que muitos estão expostos ao frio, chuva, sol e ainda são pouco alimentados.
O mandato defende que o município necessita de um Centro de Controle de Zoonose para oferecer os seguintes serviços para a comunidade chapecoense:
- Cadastro municipal de animais de estimação;
- Vacinação;
- Alimentação;
- Castração;
- Diagnóstico laboratorial de zoonoses e identificação das espécies de animais,
- Adotar medidas que minimizem o risco de transmissão de zoonoses e da ocorrência de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos;
- Atividades e estratégias de controle da população animal;
- Elaborar e divulgar amplamente os demonstrativos das ações e resultados alcançados;
- Criar convênios com clínicas veterinárias e profissionais da área;
- Campanha publicitária educativa sobre posse responsável, zoonoses.
Faremos uma representação junto ao Ministério Público, buscando a implementação de políticas públicas do bem-estar animal e no controle de zoonoses, acreditamos que seja necessário isto uma vez que a prefeitura não enfrenta essa questão com medidas eficientes para solucionar este problema.
Alessandra Favretto, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá