Postado em 22 de Janeiro de 2019 às 18h45

A Prefeitura conseguirá executar as promessas de 2016?

Orçamento Municipal (4)

Nesta semana, domingo (20), o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), afirmou em entrevista para um jornal de Chapecó, que 2019 é o ano principal de ações do seu mandato. De início, entre os principais pontos analisados por chapecoenses que tiveram acesso a reportagem, chamou atenção a convicção do prefeito ao ressaltar de que caminha para uma "candidatura quase unânime", embora maior parte da população tenha manifestado descontentamento com a sua gestão.

A E.C.A, não quis se identificar, é uma entre as pessoas insatisfeitas, "Ele não fez nada beirando três anos de governo e ele pensa que vai conseguir fazer em menos de dois anos? Acho que a unanimidade dele é o nome que vai indicar para mais algum cargo. Ele não vai governar uma cidade como nos contos", ressaltou.

Durante a entrevista cedida ao jornal, Luciano Buligon afirmou, "Os anos passados foram 70% de planejamento e 30% de ação, a partir de agora é o contrário: 20% de planejamento e 80% de ação". Após inúmeras demandas relacionadas, apuramos as propostas da campanha realizada por Buligon, em 2016, quando candidato a prefeito, e, agora, o grandioso desafio até o término de seu mandato:


> 80 km de pavimentação, realizado a partir de convênios;

> Implementação de ciclovias; 

> Criação do programa "Bairro Legal", trata sobre regularização fundiária. Logo, tem como objetivo tornar legal e garantir a escritura da área de moradia de 2.500 famílias;

> Junto a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), bairro Efapi, a criação do Centro de Especialidades Odontológicas;

> Duplicação da Avenida Leopoldo Sander, medida desenvolvida sem o consentimento da maioria da população que tem suas moradias próximas a rua;

> Criação do terceiro turno de Educação Infantil integral (o mandato recebe muitos casos de pais que não conseguem matricular seus filhos em um dos períodos. Crianças que são impedidas do seu direito, acesso à educação infantil- creche e pré-escola);

Ainda, entre as propostas com maior consentimento da população, apresentou as "Praças da Família" e o "Elevado da Sadia".



A praça da família

"O primeiro bairro a ser beneficiado será o São Pedro, vamos retirar a garagem da Prefeitura dali e construir no lugar a primeira 'Praça da Família' em Chapecó, com academia de saúde, pracinha para as crianças, quadra de esportes, praça de alimentação e o primeiro poupa-tempo", disse o prefeito. Entretanto, o projeto não saiu da maquete.

Em 2018, nossa equipe conversou com os moradores do bairro São Pedro após receber inúmeras reclamações sobre não ter previsão do início das obras. "O meu voto foi para ele em função de ter prometido a Praça da Família e o Poupa Tempo para o bairro", afirmou a comerciante Carini.

Passado dois anos desde que reeleito, Buligon confirmou que até então estava planejando suas ações e, a partir de 2019, vai executar os seus projetos. "Vamos fazer a praça da família São Pedro, que vai resolver o problema dos alagamentos e vai ajudar muito naquela região", afirmou ao jornal.

Expectativa para a Carini, o Paulo, Vilmar, Carlos, Mauri e para a pequena Eduarda, de seis anos. "No São Pedro eu não tenho uma praça igual a do Presidente Médici, a prefeitura não fez até agora. Uma falta de respeito com as crianças", disse. A comunidade ainda aguarda, mas os moradores acrescentam que a dúvida permanece: é possível iniciar e concluir a obra em dois anos?



O elevado da "Sadia"

A ordem de serviço, para executar o elevado da "Sadia", foi assinada em 25 de junho de 2014. Após dois anos, em seu programa de campanha, Luciano Buligon afirmou "O elevado da Sadia já está em obras". Entretanto, 2019 iniciou e nada da obra ser concluída.

"Disseram que iam fazer o elevado para melhorar para o pedestre e para o motorista, mas até agora não foi feito nada disso. E a obra teve início, mas não termina nunca. A princípio só dificultou, não tem sinalização, não tem faixas para o pedestre e na calçada fizeram acessibilidade, mas trancaram as passagens, não adiantou de nada", afirma Maiara, moradora do bairro Efapi.

As obras ficaram paradas, as principais justificativas foram: falta de recursos, impasse devido o período de campanha e por fim a desapropriação de área, sendo necessário desapropriar 7.000 m² para a obra ter continuidade. Enquanto não for resolvido empecilho, as obras continuarão paradas.

Ao todo, a Prefeitura assinou um financiamento de 15 milhões. "Seria o ideal que concluíssem as obras, até porque é um trajeto que dá acesso as universidades, ao frigorífico e ao bairro Efapi, que é grande né" Assim só dificulta?, concluiu J. M, morador do bairro Engenho Braun.

 

"Sou um exímio preparador de pipoca. A boa pipoca é aquela bem frita, que quando começa a estourar não para mais. Esse é o ano de estourar minhas pipocas", afirmou o prefeito ao jornal. E qual é a tua análise sobre isto? 

 

Alessandra Favretto, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá.

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