Postado em 16 de Abril de 2018 às 14h38

O interior de Chapecó precisa de melhores estradas

Cleiton Fossá Chapecó – A constante reclamação de moradores do interior de Chapecó, a respeito das péssimas condições das estradas e vias, fez com que o vereador Cleiton Fossá volte a...

Chapecó – A constante reclamação de moradores do interior de Chapecó, a respeito das péssimas condições das estradas e vias, fez com que o vereador Cleiton Fossá volte a cobrar maior atenção ao problema. A situação é reforçada por pedidos feitos por empresários e profissionais que precisam realizar entregas ou transporte de cargas e produtos agrícolas. “As más condições das estradas prejudicam não apenas a população que reside no interior, mas a própria economia local”.

Em ofício à Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, o vereador apresentou pedido de melhorias em várias comunidades do interior de Chapecó. Cleiton Fossá solicita patrolamento e cascalhamento nas estradas principais e ainda nas vias secundárias de diversas comunidades, todas importantes economicamente para o município, devido à produção agrícola, especialmente em setores essenciais, como a avicultura, bovinocultura, fumicultura, suinocultura e piscicultura.

Conforme o vereador, cerca de 25% das estradas do interior estão em péssimas condições e necessitam de reparos urgentes. “Historicamente, em nossa cidade, a região sul é mais atingida por chuvas, especialmente os distritos de Marechal Bormann e Goio-Ên e as linhas que compõem essas localidades. Devido à ligação com o Rio Grande do Sul, é importante a manutenção constante destas estradas, para o escoamento eficiente da produção agrícola”, explica Cleiton Fossá.

Localidades

O vereador Cleiton Fossá aponta que as vias mais precárias estão localizadas na região do distrito de Marechal Bormann, nas linhas Bom Retiro, Serraria Reato, Nova Aurora e Barra da Chalana; no distrito de Goio-Ên, nas linhas Cachoeira, Almeida, Beira Rio, Gamelão e São José do Capinzal; no distrito de Sede Figueira, nas linhas Tormen, Sarapião, Cascavel, Batistello e Simonetto; e nas linhas Lajeado Veríssimo, São Rafael e das Palmeiras, estas próximas à Reserva Indígena Condá.

Estrutura

O Plano de Desenvolvimento Rural, entregue em 2015, aponta que o maquinário da administração de Chapecó é composto por: três patrolas, quatro retroescavadeiras, dois rolos compactadores, duas carregadeiras, uma escavadeira hidráulica, dois tratores esteiras e 11 caminhões. O sistema adotado de recuperação das estradas é parecido ao da maioria dos municípios. O método consiste em patrolar para realizar o nivelamento, sendo que os pontos mais críticos receberam cascalho.

Solicitação

Não há cronograma pré-definido e público de manutenção das estradas do interior de Chapecó. A agenda é desenvolvida internamente pelo secretário, Valdir Crestani, e por três coordenadores, responsáveis por determinadas regiões da cidade, que vão realizando os serviços conforme a demanda. A orientação é que a população ligue para a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente (Sedema) para solicitar a manutenção de vias do interior. O telefone é (49) 2049-9118.

O interior

Chapecó possui cerca de 1,2 mil quilômetros de estradas no interior e 15.417 pessoas residindo em área rural, conforme dados do Censo de 2010. Cleiton Fossá lembra que a estrutura fundiária do município está baseada em propriedades com menos de 10 hectares, sendo aproximadamente 40% do total. As principais atividades econômicas são agroindústria familiar, com a produção de milho, soja, feijão, trigo, fumo, frutas e hortaliças; e a produção de proteína, como ovos, carnes e lácteos.

A produção

Em números, o milho corresponde a mais da metade da produção agrícola de Chapecó. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), são 142.780 hectares de plantação (53% do total), seguido pela soja, com 58.840 hectares (21,84%); feijão, 30.022 hectares (11,14%); trigo, 25.860 hectares (9,60%); fumo, 3.390 hectares (1,26%); laranja, 3.320 hectares (1,23%); mandioca, 2.131 hectares (0,79%); cana-de-açúcar, 1.463 hectares (0,54%); e arroz, 1.002 hectares (0,37%).

Fator econômico

Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) de Chapecó foi de R$ 7.676.794,40, sendo R$ 147.507,28 do setor da agricultura e R$ 1.900.858,51 da indústria. Fossá lembra que grande parte do resultado do setor industrial é movimentado pela produção agropecuária. “A prefeitura de Chapecó precisa priorizar a recuperação das estradas do interior, que são essenciais para nossa economia”, diz ele.

 

Bruno Pace Dori, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá

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