aleitamento materno como política pública essencial

O mês de agosto é marcado pelo Agosto Dourado, uma campanha que simboliza a luta pelo incentivo ao aleitamento materno e à promoção da saúde infantil. A cor dourada representa o “padrão ouro” da amamentação para o desenvolvimento saudável dos bebês. Mais do que um gesto natural e afetivo, amamentar é uma questão de saúde pública, justiça social e desenvolvimento sustentável.
A ciência é clara: o leite materno protege contra infecções, reduz o risco de doenças crônicas, fortalece o vínculo entre mãe e filho e contribui para uma sociedade mais saudável. No entanto, amamentar continua sendo um privilégio para muitas mulheres, e não um direito garantido com equidade. Aqui entra o papel da política. Falar de amamentação é falar de licença maternidade digna, de ambientes de trabalho que respeitem a mulher, de acesso à informação e apoio psicológico. Não basta romantizar o aleitamento, é preciso investir em políticas públicas que deem suporte real às mães, especialmente às mais vulneráveis.
Defender o Agosto Dourado é também reconhecer o papel estratégico dos profissionais da saúde, das campanhas educativas e da legislação protetiva. O Brasil já avançou com a Política Nacional de Aleitamento Materno e a atuação dos Bancos de Leite Humano, mas ainda enfrenta desigualdades que precisam ser enfrentadas com prioridade no debate público.
Portanto, o Agosto Dourado não deve ser apenas simbólico. Ele precisa ser transformador. Valorizar a amamentação é investir num futuro farto de responsabilidade, inteligência e compromisso com a vida desde o início.