Chapecó – O mandato do vereador Cleiton Fossá frisa a importância de iniciativas que possam colaborar para o meio ambiente. Por conta disto, a pedido dos moradores, o mandato visitou o bairro Vila Rica, que há mais de dez anos sofre com problemas de armazenamento de esgoto. O tanque improvisado, que temporariamente supriu a demanda dos moradores, se tornou uma ameaça para as riquezas naturais e também para a saúde da comunidade. Logo, o tanque não suporta os dejetos que a ele são destinados, por consequência transborda e escoa para o riacho, que desemboca no Lajeado São José, principal fonte de abastecimento de água do município.
Neste sentido, os moradores do Vila Rica já tentaram contato com a prefeitura de Chapecó. Entretanto, não obtiveram nenhum retorno para que consigam transformar o tanque de armazenamento em uma solução de tratamento. De acordo com os voluntários do Grupo Escoteiros Tupinambá, o óleo de cozinha é um dos principais causadores de vazamentos e entupimentos na rede coletora de esgotos. Pensando nisto, o grupo que atua há um ano em Coronel Vivida (PR) desenvolveu um projeto para coletar o óleo de cozinha dos restaurantes e mercados. O objetivo é simples: evitar que o resíduo caia na rede de água. Eles coletam, por mês, cerca de 300 litros.
Em Chapecó, o projeto Verde Vida cria ações para contribuir para a preservação do meio ambiente e também, trabalha e ressalta a importância de atividades socioeducativas. Conforme o coordenador administrativo e de produção, Valnir Galina, o projeto tem certificação para coletar o óleo de cozinha em estabelecimentos comerciais do município. Porém, o grupo ainda não tem máquinas para dar continuidade a ação, que tem como objetivo transformar o resíduo em biodiesel. “Já realizamos alguns testes aqui. Muitas vezes esse óleo é escoado ou descartado diretamente nas nascentes. Para ter uma ideia, um litro de óleo contamina 1.000 litros de água”, salienta o coordenador.
Ambos projetos destacaram a importância de transformar matéria orgânica em algum tipo de biocombustível. Logo, significa que os dejetos se tornariam uma alternativa de preservação, ou seja, não seriam descartados de forma incorreta e ainda seriam reutilizados para a produção de diesel ou outro tipo de energia. Em 26 de junho deste ano foi aprovado pela Assembleia Legislativa de SC (Alesc) o Projeto de Lei 26/2018, que incentiva a produção de biogás. O propósito é utilizar os resíduos orgânicos na produção de energia. Logo, todas as sobras de processos derivados das atividades humanas e animal, ou processos produtivos, serão colocados em biodigestores.
Por consequência, ocorrerá a fermentação e liberação do gás metano, a essência para a geração do calor. A implementação da proposta no oeste catarinense contribuirá na preservação do meio ambiente, principalmente pela perspectiva que a região atua vigorosamente na produção de suínos e galináceos, e pode ser pensada como fonte de renda sustentável, principalmente, para a agricultura familiar. Foram contratados os serviços de consultoria de empresas para analisar os municípios com maior produção de dejetos. Após ser realizado o mapeamento, outras estratégias serão criadas para dar início a prática do projeto. SC é o primeiro estado do Brasil que adotou uma política de biogás.
“Precisamos aproveitar a matéria orgânica que descartamos por conta da produção no Oeste. É necessário reutilizar os resíduos e transformar em alternativas sustentáveis. A criação da lei é um passo para contribuir para a preservação do meio ambiente. Além disto, propicia uma nova fonte de renda para a agricultura. A execução do projeto ajudará a reduzir de forma significativa a emissão dos gases causadores do aquecimento global, mas precisamos criar mais políticas e apoiar os projetos voluntários que visam a conscientização e preservação das nossas riquezas naturais, o projeto de biodigestor é uma ótima alternativa para isto”, conclui o vereador Cleiton Fossá.
Alessandra Favretto, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá