Chapecó – O escritor e jornalista Torres Pereira recebeu a Medalha de Honra ao Mérito "O Desbravador" em sessão solene realizada pela Câmara de Vereadores de Chapecó, na noite desta sexta-feira, dia 24, por indicação do vereador Cleiton Fossá. O evento marca a comemoração do aniversário de Chapecó, que completa 101 anos neste sábado, dia 25. O Poder Legislativo presta homenagem aos cidadãos que contribuíram para o crescimento nas mais diversas áreas no município.
Histórico
João Baptista Marques Torres Pereira, conhecido como Torres Pereira, nasceu em Lisboa, Portugal, em 11 de julho de 1945. Jornalista e escritor, formou-se em jornalismo em sua terra natal antes de participar das campanhas portuguesas na África, prestando o serviço militar obrigatório na fronteira de Moçambique com a Tanzânia por dois anos e meio, entre os anos de 1968, 1969 e 1970. Após ser dispensado da guerra, permaneceu em Moçambique, despontando para a literatura e o jornalismo, colaborando no matutino “Notícias” e editando a revista Poing. Em 1972 lançou seu primeiro livro. Percorreu outros países do continente africano, entre eles, a África do Sul, Botsuana, Suazilândia e Zimbábue, onde virou correspondente do jornal “A Voz”.
Em 1974, na África do Sul, casou-se com Maria Manuela Teixeira Correia Torres Pereira, com quem teve dois filhos: Renato Frederico Correia Torres Pereira e Marcos Eduardo Correia Torres Pereira. Em 1976 veio morar no Brasil, fixando-se em São Paulo e, em 1979, mudou-se para Curitiba. Em 1990, veio para Chapecó, onde permanece até hoje. Colaborou com a imprensa local, publicando as revistas “Gargalhada” e “Vozes de Chapecó”. Já foi presidente da Associação Chapecoense de Escritores (ACHE) por duas gestões e Conselheiro Municipal de Cultura. Criou em 1996 o projeto “O escritor na sala de aula”, com o qual percorre outros municípios do Oeste, incentivando crianças, jovens e adultos a gostar de ler.
Foi um dos organizadores do IV Encontro Catarinense de Escritores, realizado em Chapecó em 1999. Seu nome figura na Enciclopédia “A literatura dos catarinenses – Espaços e Caminhos de uma identidade” de Celestino Sachet. Ao todo, escreveu 18 livros, sendo 14 publicados em Chapecó, tendo obras traduzidas para as línguas espanhola e inglesa. Entre seus livros, destacam-se: Chapecó Vista Por Um Forasteiro; Desbravadores da Contramão; Esse Herói, Brasil!; Memórias Africanas; Guerra Tem Hora; Confraria Dos Acheanos; A Vez e a Voz do Nosso Melhor Amigo; A Doce Revolucionária; e Levado pela Arte e a Aventura, que conta a história de seu amigo Agostinho Duarte, pintor que conheceu na África e reencontrou em Chapecó.
Bruno Pace Dori, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá