Chapecó – A importância do saneamento básico para a saúde e para a qualidade de vida dos cidadãos foi abordada pelo vereador Cleiton Fossá, em uma transmissão ao vivo, através de suas redes sociais, neste quarta-feira, dia 4. O saneamento básico engloba quatro principais serviços públicos: abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais. A Lei Federal 11.445/2007 regulamentou o assunto no Brasil e trouxe a necessidades das cidades desenvolverem e aplicarem um Plano Municipal de Saneamento.
O Plano traz as diretrizes para prestação de serviços públicos na área. Em Santa Catarina, 253 dos 295 municípios já fizeram o Plano Municipal de Saneamento, o que corresponde a 86%. Em Chapecó, o documento foi aprovado em 2015 pela Câmara de Vereadores, mas não traz metas, nem estipula objetivos. “O documento de Chapecó é um mero plágio de outros municípios: não está alinhado com a nossa realidade. Por isso, na ocasião, votei contra o Plano”. Cleiton Fossá defende que um estudo local seja realizado e o Plano seja revisto, para atender a realidade da população.
Quando pensamos em desenvolvimento sustentável, seja do planeta, do Brasil ou de nossa cidade, é impossível não discutir gestão sustentável da água e do saneamento básico para todos. A questão é muito importante, sendo discutida internacionalmente. A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) traz 17 metas globais para o desenvolvimento sustentável, sendo que a meta número 6 trata especificamente sobre o abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, com o objetivo de assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento até 2030.
Para Cleiton Fossá, não adianta planejar Chapecó para os próximos 100 anos sem levar em conta o saneamento básico. O vereador cita, por exemplo, que muitos bairros ainda sofrem problemas de abastecimento de água; somente 42% da área urbana tem coleta e tratamento de esgoto; o manejo de resíduos sólidos ocorre de forma parcial e pouco abrangente; e diversos pontos da cidade sofrem com alagamentos. “Os gestores públicos não podem empurrar com a barriga questões que são tão importantes para Chapecó, pois saneamento básico é fator importante para a saúde pública”, diz.
Água
O índice de cobertura de abastecimento de água na área urbana de Chapecó é de 94,3%, com 38.202 ligações residenciais, comerciais e industriais existentes. A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Chapecó tem capacidade de tratar 560 litros por segundo. Porém, a estimativa é que 50% da água é perdida na distribuição, pois a rede é antiga e possui muitos furos. Para Cleiton Fossá é necessário que seja realizado um estudo técnicos para viabilizar a troca da tubulação, evitando, deste modo, o desperdício e proporcionando que mais água chegue às torneiras dos cidadãos chapecoenses.
Esgoto
A coleta e tratamento de esgoto em Chapecó atinge 42% da área urbana, ou cerca de 80 mil pessoas. Até o fim do ano, com a conclusão da obra de ampliação no bairro Efapi, a expectativa é chegar a 48%, beneficiando mais 10 mil pessoas. Atualmente, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) recebe 11 milhões de litros de esgoto por dia e tem capacidade de processar 130 litros por segundo, sendo que 80% volta para a natureza e os outros 20% são descartados para o aterro sanitário. “Esse processo diminui a incidência de doenças e ajuda a proteger os nossos mananciais e rios”, comenta.
Lixo
Em agosto de 2013, Chapecó passou a contar com um novo sistema de coleta de lixo na área central da cidade, sendo o serviço ampliado em 2016 para os bairros Maria Goretti, Presidente Médici, Santa Maria, Jardim Itália, São Cristóvão, Palmital e Líder. Hoje, são cerca de 650 contêineres para coleta de resíduos orgânicos e outros 650 para os resíduos recicláveis. O serviço contempla 51% da área urbana. “Com a desculpa de um novo sistema, a prefeitura aumentou o valor da taxa de coleta. Passaram cinco anos e só metade da cidade é servida, mas todos pagam. Isso é um absurdo”, fala.
Drenagem
Especialmente durante o período de verão, quando há chuva intensa e concentrada, os alagamentos ocorrem em diversos pontos de Chapecó. A administração municipal promete um projeto de macro e micro drenagem desde 2012, com a construção de bacias de contenção, que deve resolver em mais de 70% o problema. A área urbana é banhada pelos Lajeados Santa Maria, Passo dos Índios, Passo dos Fortes e Sanga Bela Vista. “Este projeto foi promessa de campanha em 2012 e 2016, mas ainda não saiu do papel. A prefeitura precisa dar resposta, pois muitas pessoas serão beneficiadas”, finaliza.
Bruno Pace Dori, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá