Sentando em meio a cozinha de sua casa simples, no interior de Chapecó, Guilherme Nissola que usa uma máscara verde, relata com calma e serenidade a sua experiência com o novo Coronavírus.
Uma experiência curiosa, que levou o jovem de 31 anos, a abandonar o trabalho e seguir outro rumo. Isso porque, Guilherme, acredita em si, e nas suas convicções.
Trabalhador desde a juventude, viu no pai o exemplo de garra, força e superação. Já no avô, que hoje tem 101 anos de vida, a sintonia para seguir em frente, já que a vida segue, e precisa seguir.
Guilherme depois de ser infectado com o vírus, realizou todo o procedimento correto. Foi à Unidade de Saúde, fez o teste, se isolou e seguiu as recomendações sanitárias necessárias.
“Foi bem estranho, porque eu acordei, passei perfume e não senti o cheiro. E fui trabalhar normal, e não sentia o cheiro de nada, o meu olho ardia do álcool gel e eu não sentia o cheiro. Fiz o teste, testei positivo e já me isolei”.
O jovem durante o período de infecção, apresentou sintomas leves, como dores de cabeça, náusea e cansaço físico. Com porte atletico, de quem consegue superar fácil algumas comorbidades, Guilherme relata que hoje, após a infecção, sua resistência física diminui, e a sua força também.
Passados os dias regrados do isolamento social com a família, as febres e que as dores cessaram com os medicamentos receitados, outra preocupação veio logo em seguida, ao retornar ao trabalho, e se deparar com uma situação antes nunca vista.
“A maioria se isolou, se afastaram. Eu me senti um pouco excluído da parte geral, às vezes eu percebia que alguém estava comentando sobre à minha vida, a minha situação de saúde".
Esses comentários foram sendo superados aos poucos, conforme o tempo passava, e a distância temporal desde a data de sua infecção aumentava. Mesmo assim, não foi fácil, principalmente por Guilherme ser uma pessoa humilde, que só abre boca para falar coisas sérias, e não interferir na vida de ninguém.
Com o vento forte batendo na janela, perto do fogão a lenha, Guilherme precisou aumentar o tom de voz para externalizar estar infectado com o novo coronavírus, é uma sobrecarga enorme. “Pressão psicológica, física e emocional”.
O Jovem que mora no Alto da Serra se deslocava à cidade todos os dias para trabalhar em um setor com trabalho repetitivo. “Eu trabalhava em um setor secundário de um frigorífico, no acondicionamento do produto, recebia o produto e colocava nas determinadas caixas”.
Esse movimento constante e repetitivo, fez com que surgisse as dores no braço de Guilherme, e segundo o jovem, foram potencializadas depois da infecção do novo coronavírus. Se antes era possível fazer 100 coisas, hoje esse número reduziu depois da infecção.
Com isso, e por outras ações, Guilherme solicitou desligamento da empresa e hoje está desempregado. Mesmo assim, acredita que foi a melhor decisão a ser feita.
Guilherme que hoje está somente em casa, passa o dias com a família, no campo, acompanhando os noticiários, o aumento do número de casos.
O jovem, que aceita e entende que foi infectado em uma situação que não poderia escapar, comenta tudo isso, sem querer ser taxativo ou buscar algo em troca, apenas para mostrar uma realidade que é presente, e está muito próxima do povo chapecoense.
O relato de Guilherme, poderia ser o relato do seu vizinho, amigo, conhecido, ou até mesmo seu. É preciso se inspirar na força do trabalhador, que mesmo em meio a pandemia, não deixa de lutar, buscar melhorias para a sua vida e ser feliz.
Boa recuperação, Guilherme. Vida longa.
Às famílias das pessoas vitimadas pelo vírus do novo coronavírus, o nosso pesar. Aos enfermos, força para lutar pela boa recuperação.
O mandato está à disposição para auxiliar no que estiver ao nosso alcance.
Fonte: Assessoria de Comunicação Vereador Cleiton Fossá