Postado em 27 de Março de 2018 às 17h44

Educação, nosso direito

Cleiton Fossá Chapecó – “Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio em seu tempo histórico de marchas. Marcha dos que não tem escola”, Paulo Freire. O patrono da educação ressaltou a luta...

Chapecó – “Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio em seu tempo histórico de marchas. Marcha dos que não tem escola”, Paulo Freire. O patrono da educação ressaltou a luta constante dos brasileiros por direitos que deveriam ser garantidos pelo Estado. O Brasil possui quase 2,5 milhões de crianças e adolescentes fora das escolas. O estudo foi realizado pela organização sem fins lucrativos Todos Pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD).

O artigo 6º da Constituição Federal elenca a educação como direito social, portanto, o Estado precisa garantir a educação formal, aquela que consiste em uma programação de estudos de diversas áreas do conhecimento e que promova a interação social. Crianças e adolescentes, entre quatro aos 17 anos de idade, devem ter acesso ao ensino fundamental obrigatório e gratuito.

O ensino nas escolas é ministrado como uma base para o projeto de vida das pessoas. A liberdade de expressão, a igualdade e a partilha de conhecimento são essenciais nos projetos pedagógicos. Entretanto, não é somente responsabilidade dos educadores ensinar valores para que crianças e adolescentes cultivem respeito às opiniões de seus colegas e professores, à diversidade e ao espaço e vontade de aprender do outro.

“A família é um sustentáculo fundamental na sociedade para a formação do ser humano e tem papel primordial na sua educação. É nessa rede de pessoas e instituições enlaçadas afetivamente que podem ser encontrado os meios possíveis para a construção de valores éticos e morais para preparar a criança para o presente e o futuro. É papel parental educar para e sobre as adversidades da vida e de como enfrentá-las, assim como as frustrações e decepções. O educar por meio do convívio familiar significa mobilizar recursos, por intermédio de exemplos, diálogos, responsabilidades, limites e respeito por meio de, principalmente, uma convivência fraterna e alicerçada na consciência do nosso cargo, o de pai, mãe ou responsável e não delegar a educação somente a terceiros”, frisa a psicóloga Kika Schizzi Tiepo.

O diálogo entre escola e família é fundamental. O processo da construção do conhecimento exige o trabalho em conjunto. A escola não pode jogar a responsabilidade de um mau comportamento e dificuldade de aprendizado para os pais. Nem o inverso, a escola também não deve trabalhar sozinha na educação de jovens e crianças. É necessário analisar que ambos têm o papel de transformar, de conduzir filhos e alunos para a cidadania do respeito, da responsabilidade, da liberdade, da escolha, do cumprimento às regras sociais e o efetivo exercício da cidadania.

“Percebemos que muitas coisas que antes eram tratadas em casa estão sendo pouco trabalhadas, talvez por falta de tempo das famílias. A escola trabalha com o conhecimento científico, mas deve complementar valores e lapidar o respeito, as diferenças e os ambientes que os alunos estão inseridos. Trabalhamos assuntos que são essenciais para o convívio, como a violência, o disque denúncia e outros temas”, ressaltou uma educadora que prefere não ser identificada.

Nesse sentido, o legislativo municipal chapecoense aprovou o Plano Municipal de Educação em 2015, o qual o assumiu, entre outros: o compromisso de erradicação do analfabetismo; a universalização do atendimento escolar; a melhoria da qualidade da educação; a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação e a valorização dos profissionais da educação. Leia o texto completo da Lei 6.740.

Chapecó possui 84 escolas de ensino fundamental e 30 no ensino médio. De acordo com os dados de 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), 98,4% das crianças e dos jovens, entre 6 a 14 anos, frequentam as escolas no município. As matrículas no ensino fundamental chegam 25.492 e no ensino médio 7.328.

“A gestão do município de Chapecó precisa parar de fazer planos emergenciais para a educação, sempre com conotação eleitoreira com a contratação emergencial e temporária todo ano. É urgente que Chapecó tenha um planejamento para curto, médio e longo prazo, com ações efetivas visando o ingresso e permanência do estudante, que valorize os professores, que dê condições de infraestrutura”, frisa o vereador Cleiton Fossá.

Necessário que se estabeleça uma rede positiva em favor das crianças e dos jovens de Chapecó. Que estejam aliados pais, professores, governo municipal, bem como todos os instrumentos públicos que podem contribuir com o conhecimento e a formação ética e moral dos nossos filhos e alunos. A educação transforma!

 

Alessandra Favretto, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá

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