Postado em 30 de Abril de 2018 às 17h57

O perfil do trabalhador: reflexões sobre sua condição!

Cleiton Fossá Chapecó – Às vésperas da comemoração do dia do trabalhador nos colocamos diante de dois processos antagônicos. O primeiro é o reconhecimento da importância do trabalho em...

Chapecó – Às vésperas da comemoração do dia do trabalhador nos colocamos diante de dois processos antagônicos. O primeiro é o reconhecimento da importância do trabalho em nossa sociedade e o valor do produto final gerado pelos meios de produção. Acreditamos que o trabalho não é apenas uma troca da mão de obra por salários como afirmavam os percursores das ciências administrativas como Taylor e Fayol.

O trabalho é antes de tudo uma relação social e assume um significado dignificante. De um lado o trabalhador que a partir de sua missão diária garante o sustento de sua família e de outro a função social do empresário que oportuniza estes postos de trabalho. É uma via de mão dupla – o investimento empresarial e o trabalhador.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Chapecó é a sexta cidade de Santa Catarina com maior número de trabalhadores formais. No final do ano de 2016, eram 76.324 mil postos de trabalho, superaram este número somente as cidades de Itajaí, São José, Blumenau, Joinville e Florianópolis.

Setores

O setor de serviços é o principal empregador do município de Chapecó com 26.659 postos de trabalho representando 34,93% do total de empregos. Em seguida aparecem os setores da indústria de transformação e de comércio com 20.908 e 18.864 mil postos de trabalho respectivamente.

Faixa etária

Quanto à faixa etária, a maior parcela dos trabalhadores tem entre 30 a 39 anos, com 22.750 mil vínculos. Os jovens com até 24 anos representam 20,71% do total de empregos. Em relação ao sexo do trabalhador, 55,71% dos postos de trabalho são ocupados por homens e 44,29% por mulheres.

Escolaridade

Em relação à escolaridade, o trabalhador formal chapecoense possui em sua maioria no máximo ensino médio, nesta condição estão 59.217 ou 77,59% dos trabalhadores. Os trabalhadores analfabetos representavam na data base da consulta aos dados o total de 847 empregos, enquanto aqueles com grau de formação até o ensino fundamental completo significavam 16.346 trabalhadores. Os empregos cujos profissionais possuíam ensino superior somam a quantia de 11.431 empregos. Os vínculos formais com mestrado e doutorado registraram apenas 1.389 postos de trabalho (1,82% do total).

Remuneração

Outra variável fundamental para compreender o perfil do trabalhador formal de Chapecó diz respeito a sua remuneração. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego registram que desses 76.324 mil postos de trabalho 3.375 são remunerados com até 01 salário mínimo, ou seja, até R$ 954,00.

Entre 01 salário e 02 salários mínimos estão situados 34.517 mil trabalhadores, este valor significa 45,22% do total. Na faixa salarial de 02 a 03 salários mínimos estão 18.967 trabalhadores e entre 03 a 05 salários 10.410. Acima de 05 salários mínimos o número de trabalhadores é igual 6.656. Houve ainda 2.399 registros que não foram classificados em nenhuma faixa salarial.

Avaliação

O segundo processo antagônico diz respeito aos dados que apresentamos. Para além do reconhecimento e a valorização é preciso – a partir dos dados que refletem a realidade – resinificar o papel do trabalhador em nossa sociedade. O perfil do trabalhador formal de Chapecó é ainda de baixa escolaridade, baixa remuneração e ligado principalmente aos setores dos serviços, comércio e indústria. Cabe ao Estado e também aos setores produtivos criar alternativas para que no futuro nosso quadro geral do trabalhador formal possa apresentar tanto um maior nível de escolaridade como um maior nível de remuneração.

 

Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá e Juliano Luiz Fossá, doutorando em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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